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Espécies da Floresta Amazônica são catalogadas, estudadas e preservadas no Musa - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Viagens

Manaus e o turismo cervejeiro

No ano passado eu fui para Manaus nas férias, onde passei 12 dias. Uma viagem tão incrível, que mexe tanto com a gente, que merece não só uma reportagem aqui no Cerveja & Gastronomia, mas uma série! Eu realmente acho que todos os brasileiros deveriam ir para o Amazonas pelo menos uma vez na vida para entender a importância deste local para o nosso país. Dá um orgulho danado, um dos poucos que podemos sentir como brasileiros!

Dividi a viagem em três partes. Na primeira, vou falar da cidade de Manaus e suas atrações. Na segunda reportagem o assunto é Presidente Figueiredo, uma cidade que fica perto de Manaus e que tem as cachoeiras e grutas mais incríveis. Por último, vou falar do Cruzeiro pelo Rio Negro – um passeio de cinco dias em que você se desliga do sinal de celular e se conecta com a floresta de pertinho!

Teatro Amazonas é uma obra dos tempos do rico ciclo da borracha - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Teatro Amazonas é uma obra dos tempos do rico ciclo da borracha – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Manaus

Manaus é a capital do Amazonas. O estado muitas vezes é confundido com a Amazônia, mas eu já começo lembrando que a floresta se estende por vários países ali no entorno (que aliás me deu vontagem de ir até o Pará e conhecer o outro lado da floresta brasileira!). Se você não suporta calor e altas temperaturas, essa não é a viagem para você. Mas adianto que mesmo com o calor insano, vale muito a pena!

Outra curiosidade de Manaus é em relação aos mosquitos. Antes de ir eu tinha a impressão errada de que eu seria engolido por esses insetos. Além de ser uma cidade urbanizada, o Rio Negro tem águas com PH ácido, o que impede a multiplicação das larvas. Por isso, faça como eu: leve o repelente mas não vire escravo dele.

Na cidade eu me hospedei na parte do centro histórico, perto do Teatro Amazonas. Aliás, esta é, para mim, a principal atração do centro da cidade. Por isso se organize para fazer a visita guiada, por dentro do teatro. Os números impressionam: são 36 mil telhas vitrificadas de cerâmicas que vieram da França. O teatro tem formato de uma lira, sustentado por 22 colunas. A maior prova de que o dinheiro na época do ciclo da borracha corria solto pela região.

São 22 colunas para sustentar o Teatro Amazonas, construído em forma de lira - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
São 22 colunas para sustentar o Teatro Amazonas, construído em forma de lira – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Atrás do Teatro, aos domingos, tem uma feirinha muito boa com produtos artesanais como sabonetes, doces, bebidas com jambu e roupas. Eu comprei várias balas de leite da Amazônia que são vendidas por lá. Compre sacos e sacos porque vale muito a pena e é uma ótima lembrancinha para os amigos. A melhor para mim é a de Castanha, mas a de Cupuaçu também é maravilhosa.

Espécies da Floresta Amazônica são catalogadas, estudadas e preservadas no Musa - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Espécies da Floresta Amazônica são catalogadas, estudadas e preservadas no Musa – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Outro passeio que vale muito a pena mesmo é o Musa – o Museu da Amazônia. Ele fica na parte norte da cidade, perto da Zona Franca (mais ou menos uns 40 minutos do centro histórico). É uma área preservada da Floresta dentro da cidade, que além de reunir muitas espécies nativas de plantas, tem uma torre de observação bem alta, de onde dá para ver a floresta em 360º.

Aqui também vale se organizar e fazer a visita guiada mas separe um tempo, depois, para você curtir a floresta por conta própria. Ah, e não se engane com a ideia que debaixo das árvores, na sombra, é fresquinho. Acredite: o fenômeno do calor é ainda mais forte debaixo das árvores. Pense em uma estufa! É exatamente essa sensação!

Em outro dia visitei a Praia da Ponta Negra. Sim! Manaus tem praia! Não é de mar, obviamente! Uma parte do Rio Negro foi transformada em praia e tem barraquinhas e uma água ótima para nadar. Quem nunca quis nadar no Rio Negro? Essa é a experiência tranquila de uma “praia de água doce”, sem ondas!

Manaus tem praia também, às margens do Rio Negro - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Manaus tem praia também, às margens do Rio Negro – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Gastronomia

Quando for visitar Manaus, vá com a cabeça aberta. Os ingredientes são muito diferentes e valem a experiência. Talvez você não curta tudo, mas é melhor saber que gosto tem, por conta própria, do que ficar sofrendo com a vontade e a curiosidade. A vida é curta gente!

No café da manhã não deixe de provar o x-caboquinho! - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
No café da manhã não deixe de provar o x-caboquinho! – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Eu adorei o tucumã. É uma fruta amarela servida em lascas, tipo manga, só que bem mais sequinha. Eu comi de manhã, no café com o x-caboquinho (pão francês com tucumã, banana frita, queijo coalho e manteiga tostadinho), no suco, no sorvete e até como recheio de pizza. Eu curti muito e achei que valeu todas as experiências.

Tucumã é um dos ingredientes até de pizza em Manaus - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Tucumã é um dos ingredientes até de pizza em Manaus – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Entre os peixes, o Tambaqui é obrigatório. Eu amo uma costela de Tambaqui e comi tudo que vi por lá pela frente: bolinho, frito, assado! Outros peixes que eu curti muito: Pirarucu (é muito macio) e Matrinxã (mais gorduroso, comi assado e recheado!). Com os peixes eu harmonizei com cervejas Pilsen e Weiss.

Bolinho de Tambaqui harmonizando com cerveja Weiss da Cervejaria Sarapó - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Bolinho de Tambaqui harmonizando com cerveja Weiss da Cervejaria Sarapó – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Eles usam uma farinha diferente, com bolinhas maiores do que a farinha que a gente tá acostumada, que é bem mais firme e muito gostosa. Chama Farinha de Uiarini ou Farinha de Bolinha.

Outro prato maravilhoso é o arroz/risoto de tacacá. É feito com o caldo do camarão, tucupi, folhas de jambu e camarões. Além do prato ser lindo é um prato muito saboroso (e combina muito com uma cerveja do estilo Red Ale!).

Arroz de Tacacá é um prato forte e muito saboroso - Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia
Arroz de Tacacá é um prato forte e muito saboroso – Foto: Gleison Barreto Salin/Cerveja & Gastronomia

Recomendo reservar o restaurante Caxiri, que fica ali do lado do Teatro Amazonas. Na outra rua tem o popular Tambaqui de Banda, que também é ótimo para passar a tarde. Tem música ao vivo e cadeiras na calçada, com um peixe frito de impressionar. Outros bons restaurantes: Banzeiro, Bistrô Fitz Carraldo e Restaurante Ópera.

Cervejas do Amazonas

Conheci três cervejarias na minha viagem para Manaus. Duas delas eu consegui beber nos restaurantes. A terceira cervejaria só achei no aeroporto, voltando para casa!

E eu conto essa história. Já estava chateado porque não estava achando em nenhum lugar as cervejas da Tucan Brew. Pelo que eu percebi os bares se dividem nas cervejarias Sarapó e Rio Negro. Já tinha desistido quando entrei no aeroporto e dei de cara um stand da cervejaria! Claro que garanti minha garrafa e coloquei na mochila mesmo!

Quer saber como viajar com cervejas em aviões? Veja todas as dicas neste post aqui para você não deixar para trás nenhuma cerveja incrível!

Posso dizer que as três cervejarias produzem boas cervejas. A minha preferida é a Sarapó. Achei que os estilos estavam bem definidos e as cervejas bem encorpadas. O serviço nos restaurantes também foi melhor com a Sarapó, que está fazendo um belo trabalho junto aos garçons.

A Cervejaria Rio Negro tem bons rótulos e uma distribuição melhor. Pelo centro histórico era bem fácil encontrar as cervejas da marca, além do hotel que tinha todos os rótulos disponíveis. Mas onde eu estava hospedado, por exemplo, eles não conheciam nenhum nome do estilo. Só os nomes das cervejas mesmo e aí fica difícil para escolher né?

Mas o brasileiro é famoso por sua simpatia (e o manauara é incrível também nesse aspecto) que eu resolvi esse problema rapidinho. Fui até a geladeira, vi todos os estilos e ainda mostrei como se servia cada um!

Qualquer uma das três cervejarias vai te deixar bem atendido quando o assunto é uma boa cerveja, ainda mais para espantar o calorão que faz pela região!

Na semana que vem eu continuo contando mais sobre a viagem para a Amazônia aqui no Cerveja & Gastronomia!

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