A disputa pelo mercado de cerveja no Brasil está aquecida entre duas das maiores cervejarias do país, a Ambev e a Heineken Brasil.
A Ambev, uma empresa controlada pela belga Anheuser-Busch InBev, é a maior cervejaria do Brasil e uma das maiores do mundo. Ela é conhecida por marcas populares, como Skol, Brahma e Antarctica, e tem uma participação de mercado de cerca de 60%, segundo projeção da CervBrasil. A multinacional tem investido em novos lançamentos e campanhas publicitárias para manter sua posição de liderança no mercado.
Por outro lado, a Heineken Brasil, subsidiária da holandesa Heineken, vem ganhando terreno nos últimos anos, graças a sua estratégia de aquisição de cervejarias regionais e ao lançamento de novas marcas. A Heineken Brasil tem marcas populares como Heineken, Kaiser e Schin, e tem uma participação de mercado de cerca de 21%, de acordo com a mesma projeção da CervBrasil, com dados de 2021.
A disputa entre as duas empresas tem sido acirrada, com ambas investindo em estratégias para atrair consumidores, incluindo campanhas publicitárias e parcerias com eventos esportivos e musicais. A Ambev também tem ampliado sua presença no mercado de cervejas artesanais, enquanto a Heineken tem se concentrado em aumentar sua presença em regiões fora de seu mercado tradicional no sul e sudeste do país.
Além disso, as duas empresas estão se esforçando para se adaptar às tendências atuais e atrair consumidores com novos estilos de cerveja, como cervejas orgânicas e sem glúten, e também estão investindo em novas tecnologias para aumentar a eficiência e a sustentabilidade de suas operações.
No caso do grupo Heineken, além do investimento nas cervejas sem álcool, como a Heineken 0,0, a empresa trouxe para o Brasil a cerveja asiática Tiger. Pessoalmente, não é um dos meus estilos preferidos, mas gosto da ideia de ter mais opções de qualidade no mercado.
Essa disputa entre as duas cervejarias tem sido benéfica para os consumidores, pois elas estão constantemente buscando maneiras de oferecer produtos de qualidade e inovadores a preços competitivos. No entanto, a competição também tem sido difícil para as pequenas cervejarias, que têm encontrado dificuldade em competir com os recursos financeiros e a presença de marca das grandes empresas.
Em outubro do ano passado, por exemplo, o Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica chegou a proibir a Ambev e a Heineken de manter qualquer contrato de exclusividade com bares, restaurantes e casas de espetáculos em diversas cidades do Brasil. Uma vitória das cervejarias artesanais que disputam uma pequena fatia desse enorme mercado.
Enquanto a Ambev e a Heineken continuam lutando pelo controle do mercado de cerveja no Brasil, os consumidores podem esperar ver mais inovações e ofertas emocionantes vindo dessas duas gigantes cervejeiras.
