Você já parou para pensar o que aconteceria se os três porquinhos vivessem na mesma floresta e pudessem ajudar a chapeuzinho vermelho? Parece papo de bêbado né? Mas essa viagem pelo mundo da imaginação juntou duas histórias incríveis: Alice no País das Maravilhas e Peter Pan. O resultado é uma narrativa crível, sensível e encantadora – para adultos e crianças. Veja a crítica do filme “Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos”, que estreia neste fim de semana nos cinemas e nas plataformas digitais. Ah, e claro, tem lançamento de cerveja também para acompanhar.
Na foto acima dá pra ver a alegria da família. A menina de cabelos ao vento é Alice. O menino, do lado oposto ao dela é Peter. A vida deles vai ser transformada por uma tragédia familiar. Os sonhos vão dar lugar a um clima de luto, fúnebre, que vai encaminhar os personagens, cada um para a história como conhecemos (Alice, para o País das Maravilhas e Peter, para a Terra do Nunca).
O primeiro detalhe que chama muito a atenção está no uso de peças e objetos que remetem às histórias originais. É como se estivéssemos assistindo a uma história que inspirou os autores que criaram os contos de fada. Tem tudo: o chá da Alice, o boneco do coelho, o navio pirata, o colar com um Sininho, que representa uma fada. Cada vez que um objeto desses aparece é incrível como ligam uma chavinha na nossa memória emocional. Dá para ver os contos de fada surgindo de forma humanizada, numa versão mais pé no chão, baseada na dor da perda e na busca por alternativas para superar essa fase.
O luto na história é o ponto central. Como cada criança lidou com esse luto é o que desenvolve o enredo. Afinal, elas precisam escolher, se vivem na realidade ou no mundo da fantasia e da imaginação.
Angelina Jolie surge como a principal estrela, mas não é a personagem principal dessa história que reimagina dois grandes clássicos da literatura.
A estreia desse filme foi em 2020, durante o Festival de Sundance. No Brasil, estava prevista para Abril, mas teve que ser adiada para essa semana, por causa da pandemia. É o filme de estreia da diretora Branda Chapman, muito conhecida por seus trabalhos de animação como O Rei Leão e Valente.
Veja o trailer:
O que beber?
Escolher uma bebida que acompanhe um filme tão criativo é uma tarefa difícil viu? Entre os lançamentos que recebi aqui nas últimas semanas, o que mais me chamou a atenção foi uma cerveja de estilo brasileiro, feito com a polpa de uma fruta que traz uma cor linda, quase mágica para a cerveja.
Por isso escolhi a Berggren Sour Amora para acompanhar o filme dessa semana na coluna de cinema. A cerveja é do estilo Catharina Sour (neste link você conhece mais sobre a história desse estilo de cerveja brasileiro), ou seja, é uma cerveja leve, ácida e com sabor marcante da fruta. No caso da amora, a cor da cerveja já chama muito a atenção. A bebida é levemente turva e muito aromática, o que é ótimo para os dias quentes. Com quase nenhuma sensação de amargor na boca (tem 5 IBU), a cerveja leva 4,6% de álcool.
Eu acho que essa cerveja fica muito bem com um bom bolo de chocolate, desses que têm recheio de brigadeiro. A fruta da cerveja vai trazer, na boca, a sensação do bolo Floresta Negra, enquanto a acidez vai ajudar a limpar o paladar da gordura do brigadeiro usado no recheio.
Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.