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Está em cartaz nos cinemas (onde há salas abertas, por causa da pandemia) e nas plataformas digitais o filme “A Despedida”, brilhantemente estrelado pela veterana Susan Sarandon e Kate Winslet. O drama é um filme de temática bem pesada e polêmica, a eutanásia, mas foi escrito de uma forma leve, sem deixar de tocar nos principais pontos como a oportunidade da vida e as relações com a família. Esse é o assunto da coluna de cinema do Cerveja & Gastronomia desta semana!

No filme "A Despedida", a família se reúne pela última vez - Foto: Divulgação/ California Filmes
No filme “A Despedida”, a família se reúne pela última vez – Foto: Divulgação/ California Filmes

Em uma casa isolada, vive o casal principal dessa história. Depois de sofrer muito com uma doença que diminui sua mobilidade aos poucos, Lily, interpretada por Susan Sarandon, decide que é hora de morrer. Ela não quer esperar que a doença piore e dificulte a alimentação e a respiração e decide fazer um fim de semana de despedida com a família.

São três gerações de uma mesma família tendo a oportunidade de conviver, se conhecerem e de resolver algumas arestas do passado. É nessa hora que, para mim, o filme tem seu maior valor. O roteiro vai desenvolvendo as falas que são bem diretas, sem enrolação, mas muito fortes, emocionalmente.

Em um dos momentos, em que Lily explica para os filhos porque decidiu morrer, com uma frase que me marcou muito: “Quando nós marcamos uma data, eu parei de me preocupar em morrer e passei a me preocupar em viver”.

Os atores estão muito bem, cada um em seu papel, representando um aspecto da relação familiar. Tem a filha que se descobriu lésbica, o neto de 15 anos que tenta entender a decisão da avó, a filha que não concorda mas está fazendo o possível para aceitar com normalidade… personagens ricos e marcantes, cada um com seu próprio arco narrativo dentro da história.

Susan Sarandon e Kate Winslet interpretam mãe e filha no filme "A Despedida" - Foto: Divulgação/ California Filmes
Susan Sarandon e Kate Winslet interpretam mãe e filha no filme “A Despedida” – Foto: Divulgação/ California Filmes

O destaque, certamente é para a dupla Susan Sarandon e Kate Winslet, mãe e filha, que conseguiram uma química incrível na tela.

O filme “A Despedida” é uma versão do premiado filme dinamarquês “Coração Mudo” (Silent Heart, no original), de 2014. O filme foi adaptado e tinha outra atriz inicialmente escalada para viver o papel principal. Susan Sarandon foi o segundo nome, mas parece o destino: ela trouxe o tom perfeito para o papel, com uma ironia naturalmente cômica, que consegue trazer leveza, quando precisa, para as cenas mais pesadas.

Outra adaptação dessa versão é no papel do “namorado mais novo” de uma das filhas, que, no filme de agora, é um ser humano não-binário.

Filme "A Despedida" discute a eutanásia de forma otimista ao retratar a importância das relações familiares - Foto: Divulgação/ California Filmes
Filme “A Despedida” discute a eutanásia de forma otimista ao retratar a importância das relações familiares – Foto: Divulgação/ California Filmes

Uma curiosidade sobre o filme. “A Despedida” foi filmado em sequência cronológica, o que ajuda muito os atores a criar vínculos e a mostrar o crescimento gradativo e natural das emoções. Foi uma boa escolha do diretor Roger Michell, que também dirigiu o clássico “Um Lugar Chamado Notting Hill”.

Veja o trailer e prepare o lencinho para esse filme sensacional:

O que beber?

A dica de cerveja para essa semana é cerveja Mascavo Belgian Blonde, da Cervejaria Ouropretana. Depois de fazer muito sucesso na loja da fábrica, em Ouro Preto, interior de Minas Gerais, como chope sazonal, a cerveja agora está sendo engarrafada e está disponível para venda.

O ingrediente de destaque dessa cerveja é o açúcar mascavo, produzido artesanalmente em Catas Altas, cidade que fica perto de Ouro Preto. Quem faz é o produtor Zé Augusto em um engenho de cana de açúcar.

Com coloração dourada, (que ainda ganha um charme por causa do açúcar mascavo), as cervejas desse estilo são de fermentação alta, possuem teor alcoólico mais elevado e sabor levemente adocicado. A carbonatação geralmente produz uma espuma densa e firme, que gera até a famosa “renda belga” nas taças (veja aqui o que é a renda belga, nessa reportagem sobre a espuma da cerveja).

No geral é uma cerveja fácil de beber, com sabor de malte característico, que lembra o aroma de pão doce. Mesmo com a adição do açúcar não é uma cerveja doce! É importante ressaltar que, na boca, ela tem um resultado bem seco, já que todo o açúcar vira álcool na fermentação (por isso cervejas desse estilo têm teor alcoólico mais alto), o que deixa a bebida bem refrescante. Ela tem 18 de IBU e teor alcoólico de 5,3%.

Na harmonização, vai muito bem com frutos do mar, como camarão, além de acompanhar saladas e frango empanado (meu preferido!). Também acompanha bem queijos mais gordurosos como Brie, Camembert e até um Gorgonzola.

Mascavo Belgian Blonde é o lançamento da Cervejaria Ouropretana - Foto: Leo Homssi
Mascavo Belgian Blonde é o lançamento da Cervejaria Ouropretana – Foto: Leo Homssi

Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.

E o que você achou deste filme e da cerveja? Escreva aqui nos comentários e compartilhe sua opinião com a gente!

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