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Cinema e Cerveja - Montagem com fotos Diamond Films e Cervejaria Capapreta/ Divulgação
Cinema no Cerveja e Gastronomia

Cinema no Cerveja e Gastronomia: Hereditário

Todo mês entra em cartaz mais um filme de terror. Eu, que sou fã do gênero, perdi muito a vontade de ver filmes deste tipo nos últimos anos, principalmente por achar que eles deixaram de ter a capacidade de assustar o espectador. Não que sejam filmes ruins, mas os roteiros, em geral, são muito baseados no susto gratuito, sem uma boa história ou com atuações que não valem nem a pena citar…

Filme Hereditário tem história perturbadora – Foto: Diamond Filmes/Divulgação
Filme Hereditário tem história perturbadora – Foto: Diamond Filmes/Divulgação

Obviamente não é o caso de Hereditário, filme que está em cartaz nos cinemas e é o assunto da coluna  Cinema no Cerveja e Gastronomia de hoje.

O filme conta a história da família Graham a partir do momento da morte da avó. A família (pai, mãe, filha e filho) tem a vida transformada depois dessa morte, já que cada um lida com essa dor de uma forma completamente diferente.

Aliás, esta diversidade de histórias é uma das características do filme que me conquistaram: o nível de detalhes que envolvem cada personagem está o tempo todo relacionado ao final, que é muito perturbador. Quando a história termina é como se você começasse a rever cenas do filme, trechos dos diálogos que, naquele momento, não fizeram muito sentido, mas que agora se interligam e fica claro que você foi enganado pelo diretor.

Sem dar spoilers, posso dizer com certeza que saí do cinema transtornado, no sentido de não saber se gostei ou não do filme. Fiquei com a história na cabeça até perceber a sutileza do roteiro e da direção. É que eu já tinha gostado das atuações (a Toni Collette está ótima e o Gabriel Burne também está muito bem) mas fiquei bastante incomodado com o final, sem saber se tinha gostado ou se tinha achado só estranho. Mas depois que as cenas foram sendo repassadas na minha cabeça, acabei virando fã.

Toni Collette está muito bem no filme Hereditário - Foto: Diamond Films/Reprodução
Toni Collette está muito bem no filme Hereditário – Foto: Diamond Films/Reprodução

Não espere um filme de terror clichê. Hereditário faz você questionar tudo o tempo todo. Na primeira parte do filme você é apresentado aos personagens e conhece seus dramas. Depois você começa a se questionar se eles sofrem de alguma doença psicológica ou se realmente o filme está encaminhando para uma questão mais ligada ao espiritismo. A discussão entre loucura ou demoníaco é algo que fica muito presente nesta parte e nos faz duvidar dos personagens o tempo todo. E nos últimos quinze minutos, a parte com maior ação e cenas bem fortes – além é claro da grande revelação do filme.

As cenas de terror me fizeram arrepiar. Principalmente porque são bem realistas. Um exemplo, sem spoiler: sabe quando você está dormindo e abre os olhos, ainda meio que sonolento, e tem a sensação de que alguém está te observando no quarto? Aquele vulto que parece ser tão nítido mas que você não consegue ver direito e quando vem o susto, descobre que era apenas um cabide mal pendurado em uma arara? Ou que tudo era uma sombra? Hereditário tem algumas cenas deste tipo e cada uma tem um final diferente, igualmente assustador.

Portanto, se quiser encarar este filme no cinema, sugiro que veja o trailer antes:

Assustador, realmente. Um filme que merece ser visto no cinema, principalmente por causa dos efeitos sonoros, muito bem feitos e posicionados com o sistema surround. Além disso é o primeiro filme de longa metragem dirigido e escrito por Ari Aster. O diretor contou em entrevista que o filme se inspira na vida dele, já que ele acredita que passou por todo tipo de dificuldades por três anos como se estivesse sofrendo por uma maldição.

O que beber?

O que beber num caso como este? Não poderia ser uma cerveja simples, fácil de beber. Pensei bastante no que já bebi nessa vida e a primeira cerveja que me veio a cabeça foi esta cerveja escura, alcoólica e bem forte. Na primeira vez que tomei um gole, o sabor forte e o álcool dominaram meu paladar. Foi sim, um susto (diferente do filme, claro!), mas como eu sabia que aquela não era uma cerveja para principiantes, dei um tempo e em outro dia resolvi experimentar novamente, de coração aberto.

Na segunda vez já não foi tão estranho. O sabor forte que me incomodou antes agora estava mais equilibrado, quase não dava para perceber o álcool que só surgia no fim para aquecer a boca e a garganta. O cheiro e o sabor do tostado estavam na medida e, na boca, a cerveja tendia para o liquoroso, trazendo uma boa sensação. Tudo bem produzido pela Cervejaria Capapreta e distribuído principalmente no sudeste, em latas.

Acho que, assim como no filme a gente não pode ser levado pela primeira opinião, é importante que você insista depois com essa cerveja novamente, caso não goste de cara. Eu até já falei sobre essa questão da hora da degustação aqui no blog e dei várias dicas para transformar o momento de beber ainda mais interessante.

Plata o Plomo é uma cerveja bem desafiadora fabricada pela Cervejaria Capapreta - Foto: Divulgação/Capapreta
Plata o Plomo é uma cerveja bem desafiadora fabricada pela Cervejaria Capapreta – Foto: Divulgação/Capapreta

Toda sexta-feira você vai encontrar, aqui, nesta coluna, uma indicação de filme e de um rótulo de cerveja. Mas quais os critérios para a escolha dos filmes e das cervejas? Veja aqui como é feita a nossa coluna semanal. Você também pode ler as colunas anteriores.

E o  que você achou deste filme e da cerveja? Escreva aqui nos comentários e compartilhe sua opinião com a gente!

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