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Jaqueline Oliveira / Foto: Marcus Paranhos Duarte - Barba, Barriga e Cerveja
5 Perguntas

5 perguntas para Jaqueline Oliveira Silva

É com muito orgulho que o blog Cerveja e Gastronomia estreia hoje uma nova seção: 5 perguntas.

“5 perguntas” é o espaço no blog para entrevistas com personalidades do mundo cervejeiro. Além de trazer informações atualizadas de mercado, haverá sempre uma sugestão de harmonização inesquecível, lembrada pelo entrevistado.

Para marcar a primeira entrevista e, aproveitando que hoje é o Dia Internacional da Mulher, nós convidamos Jaqueline Oliveira Silva.

Eu conheci a Jaque há alguns anos por uma amiga em comum. E logo fiquei impressionado com a força e a energia que ela tem. A cada encontro, ia percebendo como Jaqueline é uma mulher forte que tem, ao mesmo tempo, um coração aberto e incentivador. Essas características, que tanto fazem falta ao mundo empresarial, são a principal marca da Jaque, na minha opinião.

Pouca gente sabe mas foi depois de uma conversa com ela que eu acabei decidindo estudar cerveja profissionalmente e resolvi me dedicar a um curso de sommelier. Jaque também foi uma das primeiras pessoas a saber do projeto deste blog e sempre trouxe palavras importantes nos momentos de dúvida. Muito conhecida por todo o mercado cervejeiro – de Minas Gerais, principalmente, mas também fora dele – Jaque trabalha bastante nos bastidores e tem um papel de protagonista em vários momentos. Muita gente que começou como cervejeiro de panela e hoje é empresário de sucesso, também já ouviu as críticas e opiniões dela – sejam boas e ruins.

Com a experiência de quem acompanha o crescimento do mercado de cervejas artesanais, Jaqueline é a nossa entrevistada de hoje. Aliás, mais do que isso. Essa mãe dedicada, amiga querida, de apetite heróico pela vida é também nossa homenageada no Dia Internacional da Mulher.

Jaqueline Oliveira / Foto: Marcus Paranhos Duarte - Barba, Barriga e Cerveja
Jaqueline Oliveira / Foto: Marcus Paranhos Duarte – Barba, Barriga e Cerveja

1. Você está sempre engajada em movimentos sociais que lutam pelos direitos de igualdade. Como você percebe o papel da mulher no mundo da cerveja?

O ELA, coletivo de mulheres que faço parte, ilustrou muito isto em sua campanha 35 dias sem machismo na cerveja (https://www.facebook.com/cervejaporelas). É uma luta de modo geral para as mulheres serem reconhecidas e nós do ELA levantamos esta bandeira no mercado da cerveja especial.

2. A sua especialidade no trabalho é a gestão de marcas em redes sociais. O que você acha do uso que as cervejarias têm feito das redes sociais?

Não resta dúvidas que as redes sociais são cada dia mais o canal de divulgação de marcas em geral e não é diferente na cerveja. O que falta, na grande maioria das vezes é o investimento de forma profissional por parte das cervejarias. Na Enquete Melhores da Cerveja 2017, feita pelo jornalista Roberto Fonseca, Bob para a grande maioria, este foi um tema debatido e as páginas nas redes sociais foram apontadas como fonte de informação mais procurada. Já é tempo de as cervejarias investirem nisto fortemente.

3. Você é uma das associadas da Confece – a primeira Confraria Feminina de Cerveja do país. A festa anual organizada por vocês tem convites disputados, praticamente, no tapa! A que você atribui tanto sucesso?

Nossa festa é feita para o público. Como não temos interesse no lucrar, todo o ganho é investido para que ela seja um SUCESSO. Além do mais ela se tornou um evento reconhecido pelo calendário nacional. Nosso público é cada dia maior, mas no entanto, não abrimos a festa para muitas pessoas e realmente os ingressos são limitados visando ser uma festa farta. É tão grande o sucesso que as cervejarias lançam suas novidades na nossa festa. Tudo isto aliado à nossa vontade de divulgar a cultura cervejeira faz a festa da Confece ser imperdível.

 

Destaque da entrevista / Foto: Marcus Paranhos Duarte - Barba, Barriga e Cerveja
Destaque da entrevista / Foto: Marcus Paranhos Duarte – Barba, Barriga e Cerveja

4. Desde 2011 você é sócia da Academia Sommelier de Cerveja, em parceria com Marco Falcone e Fabiana Arreguy. De lá pra cá, além de educar centenas de pessoas interessadas em conhecer mais sobre a cerveja, você também acompanha o desenvolvimento do mercado, que viveu algumas “modas”: no início tudo era Weiss, depois Ipas, e aí vieram as Bretts, e mais recentemente vimos uma enxurrada de Sours. Arrisca um estilo que será a próxima “moda” ou acha que esses lançamentos são consequências do amadurecimento do paladar do brasileiro?

Muito tem se falado da Catharina Sour, como uma tendência para ser um estilo brasileiro. “Tecnicamente, a Catharina Sour é cerveja de trigo clara, refrescante, com uma acidez láctica limpa, adição de frutas e um nível alto de carbonatação. (http://revistabeerart.com). Pode ser a bola da vez, apesar das contradições sobre o assunto.

5. Para terminar, conte a história de uma harmonização que você tenha experimentado e que tenha marcado a sua vida – de forma boa ou ruim!

Taça da cerveja Samichlaus Classic, uma Doppelbock que é produzida uma vez ao ano, no dia 6 de dezembro, e tem 14% de álcool.

Tenho presenciado tantas harmonizações e explico: A Academia Sommelier de Cerveja promove todo semestre um Grande Festim harmonizando as 3 escolas cervejeiras com os pratos oferecidos (entrada, prato principal e sobremesa). Estes jantares tem a coordenação da Fabiana Arreguy junto a chefs (e já forma alguns). Então fica extremamente complicado escolher o “melhor”. Uma lembrança linda foi a Torta de ricota com ganache de chocolate harmonizada com a cerveja Samichlaus Classic preparada em parceria com a Fabiana e a Chef Ju Pertence no jantar alemão servido aos alunos da Academia Sommelier de Cerveja. E olha que não sou do time da sobremesa…

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